A Salteña – muito além de uma empanada
- Henrique Elias
- Sep 19
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A salteña não é apenas uma empanada: é um símbolo da Bolívia.Chegou no século XIX com Juana Manuela Gorriti, uma mulher de Salta que trouxe a receita para nossas terras. Com o tempo, os ingredientes locais e a criatividade boliviana transformaram aquela empanada em algo único: a salteña.
Feita à mão, com paciência e tradição, a salteña guarda em seu interior um segredo: o jigote. Um recheio suculento de carne, batata, ervilha, ovo, azeitona, especiarias e o inconfundível ají boliviano. O caldo, preparado com ossos e verduras, se transforma em gelatina e, no forno, derrete em um suco quente e saboroso que a torna inconfundível.
Sua massa é brilhante, levemente doce e crocante. Fecha-se com um repulgue voltado para cima, diferente de qualquer outra empanada, como um sinal de que, na Bolívia, fazemos à nossa maneira.
A salteña se come com respeito: quente, de pé e com cuidado — primeiro se bebe o caldo, depois se saboreia o recheio. É um ritual que todos os bolivianos conhecem e compartilham.
Hoje existem versões de carne, frango, mistas e até inovações modernas. Mas todas têm algo em comum: são artesanais, intensas e feitas com amor e tradição.
A salteña é parte da nossa identidade. Uma herança que combina história, sabor e energia, e que segue acompanhando cada manhã boliviana, geração após geração.


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